O saber da cidade (do saber)


O saber da cidade (do saber).

Nelson Pretto (*)


Equipamentos urbanos são, por sua própria natureza, equipamentos que educam. Seja pela sua
função social – um teatro, uma praça, um abrigo -, seja pela sua própria arquitetura. Esta segunda dimensão, que muito me encanta analisar, deixo para os arquitetos. Fico só nos exemplos mais óbvios, aqueles da formação estética do cidadão ao olhar uma praça, um teatro, um parque; aquela formação que lhe permite, ao observar (atentamente) uma avenida, verificar a sua urbanização, as pistas de rolamento que possibilitam a passagem de carros e, quiçá, bicicletas e pedestres, esses com generosos espaços. Tudo isso, do ponto de vista pedagógico, é muito importante para a formação da cidadania e essa é uma importante relação da educação com a arquitetura. Se fôssemos aqui avançar neste aspecto da questão, teríamos que convidar urbanistas, planejadores urbanos, arquitetos, engenheiros, sociólogos, geógrafos, artistas e tantos outros profissionais que, em conjunto com cada cidadão, poderiam pensar melhor as nossas cidades e os equipamentos urbanos nelas implantados.
Sem dúvida, para os espaços educacionais e culturais, este é um importante debate que não deveria ser deixado de lado pelos políticos que adoram a construção destes tipos de equipamentos urbanos, como se bastasse sair por ai simplesmente reproduzindo projetos desenhados Brasil a fora e a dentro.

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